Você, torcedor, sabe porquê o estádio se chama Joaquim Américo Guimarães? Ou quem é Joaquim Américo Guimarães? E o por que do nome Arena da Baixada?
Que tal descobrir isso justamente na semana em que o melhor, mais lindo e mais moderno estádio do país (sem clubismo, claro), completa 22 anos?
Então vamos lá: Joaquim Américo Guimarães, o homenageado escolhido pelo clube, foi muito importante para o futebol paranaense! No ano de 1910, além de criar o Internacional Foot-ball Club, Joaquim organizou competições amadoras em que conquistou o público e trouxe muitos espectadores para o primeiro estádio do Paraná, localizado no terreno onde hoje temos a Arena.
Em 21 de dezembro de 1913, aconteceu a inauguração da “Baixada do Água Verde” com cerca de 1500 pessoas, sendo possível lotar a arquibancada coberta.
No ano seguinte, a cidade parou para ver uma partida com um time vindo de outro estado, o Flamengo, partida essa que terminou em 7x1 para o time visitante (por que choras seleção?). Nessa época não existiam competições oficiais, portanto foi a primeira vez que um time de fora do estado jogava no Paraná e era também a primeira vez que os cariocas jogavam fora do RJ.
Por muitos anos, todos os campeonatos de futebol foram realizados neste estádio, já que era o único em Curitiba que tinha condições de receber esse tipo de competição.
Sete anos após a fundação do clube, Guimarães veio a falecer, não conseguindo acompanhar os feitos que o time criado por ele teria nos anos futuros, e então, alguns anos depois, em 1924, nasceu o Clube Athletico Paranaense, que mais adiante decidiu homenagear seu estádio principal como Estádio Joaquim Américo Guimarães.
Algumas décadas depois, no final dos anos 80 e início dos anos 90, o estádio começa a ganhar investimento e infraestrutura. Nesse período, nosso estádio já era conhecido como ARENA DA BAIXADA, devido a sua localização, na baixada do bairro Água Verde, divisa com o bairro Rebouças, muito próximo ao centro da capital. Usavam como apelido e a alcunha ficou.
Mas uma nova gestão chega, e aquela arena, recém inaugurada, vai abaixo para que ali começasse um novo estádio. Durante esse processo, o clube voltou a ter como sede o Estádio do Pinheirão, localizado no bairro Tarumã, que já foi palco de jogos históricos durante seu funcionamento. Este, por sinal, é de propriedade estadual e encontra-se abandonado.
Em 24 de junho de 1999, dezoito meses depois da demolição, que até ali teve um custo total de $30 milhões de dólares, foi entregue uma obra inacabada, devido a burocracias. Porém, lá estava ela, esplendorosa e renovada, pronta para receber a nação rubro-negra apaixonada e ávida por seu lar definitivo.
Em 2005, tornou-se o primeiro estádio brasileiro a adotar o ‘naming rights’ (direito sobre a propriedade de nome por determinado tempo) sendo vendida a empresa japonesa Kyocera durante 3 anos, passando também a ser um dos patrocinadores oficiais do clube. Encerrando o contrato com a empresa, o CAP buscou novos patrocinadores para poder entrar na disputa de sedes para a Copa do Mundo de 2014.
Em 2014, nasce uma nova Arena, com a construção do setor Brasílio Itiberê, onde havia uma escola particular anteriormente, que se tornou uma das sedes do mundial de 2014 junto com outras 11 cidades, sendo usada de modelo para apresentação, tendo bastante destaque na imprensa pela sua modernidade e a proximidade dos torcedores com o campo. Mantendo seu padrão moderno, foi também o primeiro campo com grama sintética e teto retrátil da América-latina, causando um certo desconforto aos times adversários que diziam que o CAP teria vantagem em todos os jogos na Arena, pois era o único clube com essa tecnologia.
Mesmo em 2021, após todos os eventos esportivos ocorridos no Brasil na última década, o Estádio se mantém entre os mais modernos do país e até mesmo da América latina, sempre concorrendo para sediar grandes finais continentais, o que nos faz sonhar em ser novamente CAMPEÃO INTERNACIONAL “dentro de casa”, com a Arena lotada, fazendo aquela festa linda que somente nós sabemos fazer e que só de lembrar de algumas comemorações, chegamos a arrepiar, não é mesmo? Quem nunca se emocionou com aquele eco do narrador gritando:
“MARCOOOO”, e a nossa resposta:
“RUBEN”
Com uma sonoridade que somente aquele espaço nos proporciona e nos enche de orgulho em ser torcedor do Athletico e ter uma casa tão invejada!
“Vai ter festa na baixada, quem quiser pode chegar!”
Por: Alex Eduardo
LAB da Furacão LBTQ
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