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Respeitem o Antonismo!

O ciclo de trabalho de um treinador de futebol no Brasil é: Ser contratado com grandes expectativas, arrumar o time, ganhar alguns jogos, começar a perder, torcida ficar na bronca, perder o vestiário, ser demitido, e daí contratam outra pessoa para arrumar a casa...A esmagadora maioria dos clubes do país (mais próximo de nós, quase todos da primeira divisão) funcionam dessa forma, sem um projeto a longo prazo, sem um estilo de jogo, dependendo sempre de um novo treinador que coloque as coisas no lugar e torcendo que isso dure tempo o suficiente até o fim do campeonato.


Ano que vem? pensamos nisso depois, o importante é o agora!

Porém, dentro do CAT do Caju, as coisas funcionam de uma forma diferente! O “Jogo Cap” já está bem estabelecido, desde o sub-13 até o profissional, cada jogador, cada treinador, cada membro da comissão técnica sabe o papel dele para que independente de com qual equipe ele trabalhe, saiba exatamente o que fazer.


António Oliveira, atual treinador do Athletico, surfa nessa onda, de conhecer bem a estrutura que o clube oferece (está desde Outubro de 2020 no CAP) e saber trabalhar com o capital humano que tem na mão. Veja os reforços que vieram, apenas 3 e que chegaram para ser titulares, os demais é o time base que decepcionou a torcida no início do ano passado, com Dorival Júnior e Eduardo Barros.


Trajetória parecida com a de outro treinador que trás boas lembranças ao torcedor do Furacão, o Tiago Nunes. Este chegou para ser treinador das categorias de base do time, foi promovido a auxiliar do principal, foi treinador dos aspirantes no Paranaense de 2018 (campeão daquela edição, inclusive) e, quando Fernando Diniz, treinador do time principal foi demitido, foi chamado para assumir seu lugar, pelos motivos citados anteriormente, conhecer a estrutura, o time que tinha na mão, o estilo de jogo… O sucesso foi quase que invariável. Vide seus trabalhos seguintes, não deu certo no Corinthians e recém demitido do Grêmio sem nenhuma vitória, deixando o time na lanterna do Brasileirão, depois de 9 rodadas.


Dorival Júnior foi o caso do treinador que não aproveitou o CAT para seu proveito e confiou apenas na própria experiência para comandar o time. Some a isso problemas com sua própria comissão técnica e o resultado foi desastroso, deixando o time na zona de rebaixamento do campeonato nacional.


Tentaram repetir a receita com Eduardo Barros, que não é um treinador ruim, conhecia também toda a estrutura, entendia de cabo a rabo a “receita” do Jogo Cap, em tese tinha tudo para dar certo, porém faltou maturidade ao treinador de apenas 35 anos na época para comandar um time profissional na primeira divisão.


O tradicional “apagador de incêndio" foi Paulo Autuori, um dos autores do estilo de jogo do Furacão, contratado já informando que só comandaria o time até o final do Brasileirão de 2020. Velho conhecido da torcida atleticana, levou a equipe por uma arrancada incrível e quase chegou a Libertadores, ficando a apenas um ponto da classificação. Hoje atua como Diretor de Futebol.


Começando a temporada 2021, vários treinadores foram sondados, porém a solução foi caseira novamente, o “Portuga” António Oliveira, que iria comandar a equipe Sub-20 no Campeonato Paranaense, foi escalado para a equipe principal e, como é visível a todos hoje, a escolha deu muito certo.


São 79,2% de aproveitamento nos 8 primeiros jogos, superando grandes campanhas que o CAP fez, como em 2001 (campeão) e 2004 (vice), gerando comentários positivos tanto aqui como lá fora. Vários veículos e jornais portugueses acompanham o time do Athletico e fazem grandes elogios e comentários, inclusive afirmando que hoje tem o melhor futebol do Brasil. Com frequência o treinador é chamado para programas esportivos lusos para falar do seu trabalho aqui, inclusive muitas vezes a equipe recebendo mais atenção dos europeus do que da própria imprensa brasileira.


Mas uma rápida olhada nos tweets da chamada “CAPTT” (Bolha dos torcedores e influencers do Athletico) percebe-se que o torcedor sabe de onde vem esse sucesso e que tem o pé no chão sabendo que o campeonato está apenas no começo, que Oliveira se preparou para esse momento da forma correta e que os frutos serão colhidos ali na frente. São 4 campeonatos sendo disputados e com chance de serem campeões em cada um deles, os adeptos (como falam os portugueses) estão prontos para soltar aquele grito e aquela comemoração que já está sendo de praxe fazer...


Por Flávio Mueller

LAB da Furacão LGBTQ


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